terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

De início.

Eu poderia escrever uma infinidade de coisas. Mas eu vou resgatar uma poesia, só para começar; mas garanto que não é a unica coisa que se verá por aqui.



Do começo ao fim.




"Você ouviu isso??"
"Não, não ouvi nada."
"Exatamente."

Em palavras, ou palavras
Meros riscos, em escolhas
Onde o nada leva ao nada
E o tudo faz histórias.

Paralelos, circunflexos
Uma dança e uma memória
Um desvio é o caminho
O garfo é uma mudança
Quer de valha ou se desfaça
O desfecho é o começo.

Um ciclo, de balé
Sem balelas ou demoras
O floreio e um devaneio
O salto e a escória.

Diz-me sim, nega então!
Tomo a taça em uma mão
Seu veneno, moi brinde
Teu drinque e meu perdão.

Um tapa, e a dor deles
Estalo, e musical
Minha dor o passo deles
Nossa dança tornuma teia

Onde se dão as mãos
E o futuro é devaneio.

Baixo, alto, salto!
Torneio, golpe, girar
Um laço a um credo
E vai-se puxar
Através dos ecos
E dos que 'ão a gritar

Ao soar de todas as vozes
Segmentadas, saturadas
Precipitadas e em pormenores

Escolhe
A voz que segues
A luz que cegues
E o som à dança que se performe.

E as cordas que laçam seus sonhos
E o tamanho de seus passos.

De 2008.
A.G.



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